"Poupámos muitos submarinos ao País", diz Passos
"O essencial dessas medidas [de austeridade] foi feito à custa da despesa corrente primária, que foi reduzida, fora esses montantes [de cortes em salários e pensões], e em particular com os muitos submarinos que nós poupámos a Portugal e aos portugueses durante muitos anos com os contratos que cancelámos." Foi desta forma que Pedro Passos Coelho enfatizou a redução da despesa pública entre 2010 e 2013, dando o exemplo dos submarinos adquiridos por Paulo Portas e pagos em 2010 pelo Governo de José Sócrates como prova cabal de que o esforço orçamental "não foi simplesmente ancorado em medidas que são extremamente dolorosas como as da redução de rendimentos" de funcionários públicos e pensionistas.
Foi, isso sim, segundo a lógica do primeiro-ministro, que falava no debate quinzenal desta quarta-feira, pela via do cancelamento de várias PPP e cortes nas "gorduras do Estado". E Passos frisou ainda, contrapondo 2010 e o ano anterior - ambos sob a governação Sócrates - que em "2009 não havia submarinos" e que a despesa em consumos intermédios foi superior a 8,4 mil milhões de euros e em 2013 tinha diminuído para 7,3 mil milhões.